segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A "coerência" de ANTÓNIO REBELO - fascículo 4



                                                                                                                                                              90



O TÓ e o Relvas ESTALINISTA...

vale, por si só, um fascículo.

Leiam, deliciem-se com a prosa de um TROCA-TINTAS químicamente puro...




O senhor presidente da Assembleia Municipal de Tomar, se por acaso não tem andado, e anda, a tentar reinar com os cidadãos tomarenses, imita muito bem. Com efeito, basta comparar estes três editais para nos apercebermos de que o senhor Miguel Relvas, certamente cidadão do top, porquanto secretário-geral do PSD, braço direito de PP Coelho (que todavia não é maneta), ex-secretário de Estado e putativo ministro de Estado, usa de artimanhas, igualmente conhecidas por golpadas ou espertezas saloias, para não ter de, eventualmente, aturar os eleitores nabantinos.

Primeira golpada, que se vem repetindo -A Assembleia Municipal de Tomar, apesar da crise profunda que assola o concelho, só é convocada quando a lei a isso obriga. Irá agora reunir na 4ª sessão ordinária, em 30 deste mês, quando em Almeirim, por exemplo, (ver ilustração infra), já vão na sétima sessão. Quase o dobro.

Segunda golpada, que também se vem repetindo -A Assembleia Municipal de Tomar, contrariando todas as regras da democracia, do bom senso e da boa educação, é sistematicamente convocada para horas laborais. Sendo legal, não passa de um expediente reles, pois assim só poderão assistir reformados, pensionistas, aposentados e desempregados. Em qualquer dos outros casos (ver ilustrações infra), os parlamentos locais são convocados para após a hora de jantar.

Terceira golpada, que também se vem repetindo -Ao contrário do que acontece na generalidade dos outros concelhos, não consta do edital-convocatória qualquer indicação sobre intervenções dos cidadãos. O que naturalmente não facilita, antes torna quase impossível, ouvir o que os eleitores queiram e/ou necessitem de dizer.

Quarta golpada, que também se vem repetindo - A aprovação de uma grelha de tempos, sobretudo como estratagema para silenciar a oposição, não passa de uma esperteza saloia, mascarada de alegado tecnicismo nimbado de justiça, para esconder o seu óbvio propósito estalinista.

Quinta golpada, que também se vem repetindo -Quando, apesar de todas as prévias e deliberadas dificuldades criadas, algum cidadão tem a coragem de enfrentar a actual maioria de circunstância, o respeitável senhor presidente Miguel Relvas, apesar da sua proclamada paixão por Tomar, já deu corda aos sapatos, rumo aos ares mais acolhedores e sadios da capital. Deixa o parlamento tomarense entregue aos ajudantes do pastor. E os tomarenses que não se queixem porque, por enquanto, os ajudantes ainda não são cães Serra da Estrela. Mas com o tempo, nunca se sabe!




 
 
O que irá na moleirinha deste TÓ, nino "cheio de mundo", quando hoje lhe relembramos o que dizia há 3 anos ?
 
Ou apenas devemos entender este narcísico e ambicioso "recuperador de casacas" à luz do popular provérbio ? :
 
Quem não tem vergonha, todo o mundo é seu..."
 
 
 
E se alguém ainda tem dúvidas sobre a "coerência" do TÓ, leia o mimo que a seguir trancrevemos.
Escrito menos de 1 ano depois...
Fabulástico ou VERGONHOSO ?
 
 
 
Segunda-feira, 10 de Janeiro de 2011
INICIATIVA CONJUNTA RÁDIO HERTZ/TOMAR A DIANTEIRA - "À MESA DO CAFÉ" - 4
NOTAS FINAIS
 
1 - A julgar pelos comentários que foram chegando a Tomar a dianteira (os publicáveis e os outros), está a levantar alguma celeuma a minha atitude em relação à prestação de Miguel Relvas, na ronda inaugural do novo programa semanal da Rádio Hertz "À mesa do café". De lambe-botas a vendido ao inimigo, há um pouco para todos os gostos. Compreende-se. Vivemos felizmente num regime aberto, onde cada qual pode dizer o que quer. E então ao abrigo do confortável anonimato...
Basicamente, reprovam-me o facto de não ter interpelado o convidado, no estilo do que costumo fazer nos escritos aqui do blogue. São os formatados pelo estilo das nossas rádios e televisões, cujos jornalistas convidam personalidades para as ouvirem, mas depois não lhes dão tempo nem as deixam falar. O que os críticos de "À mesa do café" gostavam era de um bom combate de galos, de preferência com ambos os galos derrotados e muito "sangue", para grande satisfação do seu óbvio sadismo latente. Viram frustradas as suas expectativas e agora protestam. Se tivessem pago algum bilhete de entrada, estariam certamente a esta hora a reclamar a devolução do dinheiro.
2 - No meu fraco entendimento, os incomodados com a minha actuação estão simplesmente equivocados. São involuntárias vítimas de um facto universal e constante, em que muito poucos reparam, mas ao qual ninguém escapa. Estou a referir a circunstância de o futuro estar sempre a acontecer, sendo presente quando ocorre, para logo a seguir ser passado. Dado ser em geral muito problemático e trabalhoso prever o futuro, é muito mais cómodo olhar para e guiar-se pelo passado, pelo que já aconteceu, por aquilo que já conhecemos. Por isso os leitores de Tomar a dianteira estiveram na expectativa, depois frustrada, de assistirem a uma refrega oral, com frontalidade e desassombro, como é costume aqui no blogue.
3 - Aconteceu que o convidado Miguel Relvas -para minha grande surpresa- agiu como um verdadeiro político/homem de Estado. Certamente não por mim mas pela consideração que tem pelos que fazem a Rádio Hertz, informou-se atempadamente sobre as características do programa para o qual o convidavam, disse o que pensava sobre o mesmo e garantiu que não faltaria. Fiel ao que lhe fora transmitido, comecei em estilo coloquial, visando vir a conseguir uma conversa serena, tanto quanto possível desinibida e sem pretensões. Qual não foi a minha surpresa ao constatar (com íntima satisfação, confesso) que Miguel Relvas (meses antes um perigoso ESTALINISTA) não só percebera na perfeição o que dele se pretendia, em termos de tonalidade geral, como preparara com minúcia resposta a todas as questões antes publicadas aqui no blogue. Quando percebi isso, logo na sua primeira resposta, exultei e decidi abster-me de supérfluas intervenções, para evitar cortar-lhe o fio à conversa. Devo dizer que não estou nada arrependido, bem pelo contrário. Tal como o blogue não é feito para eu me ler, o "À mesa do café" também não o é para eu me ouvir. Só intervirei quando necessário e para ajudar os convidados a "desembucharem", se for caso disso.
4 - Goste-se ou não, Miguel Relvas sentiu-se solto, soube aproveitar e saiu-se muito bem. Tanto melhor para ele e para Tomar. Não é com vinagre que se apanham moscas, nem é à força que se arranjam amigos, susceptíveis de nos ajudarem numa eventual emergência. Como ele próprio referiu a dado passo, "Não podemos continuar a pisar os que não pensam como nós". Sobretudo em nome de uma pretensa superioridade moral que está por demonstrar, acrescento eu.
5 - Alegam alguns comentadores, menos vividos nestas andanças (labregos e pobretanas - a maioria dos tomarenses...), que ele assim teve a tarefa facilitada, pois evitou responder a perguntas incómodas. É o que vos parece, direi eu. Aconteceu o mesmo que com o "homem a andar no arame". É facílimo, mas se lá forem malham cá em baixo em menos de um fósforo. Falta-vos a longa e cuidada preparação/treino. Relvas saiu-se bem, chegou até a ser excelente, porque se preparou a preceito, demonstrando assim o seu profissionalismo. Por outro lado, não deixa de ser curioso que esses das tais perguntas incómodas que eu deveria ter feito, não tenham tido a coragem de aparecer para as colocar. A emissão foi pública e havia até um jornalista disponível, com o microfone à disposição...
6 - Aos que ainda assim se sentem defraudados nas suas expectativas, aconselho a leitura dos posts anteriores a este sobre o mesmo tema e -sobretudo- a audição daa gravação, no site da Rádio Hertz. Terão então ocasião de verificar que Miguel Relvas, usando um tom convivial, tipo "com o coração nas mãos", abordou quase todos os tópicos analisados aqui ao longo dos tempos: As forças políticas não têm qualquer projecto, não há uma linha de rumo, o debate local tem pouca qualidade, é preciso um abanão, a coligação funciona mal, a Festa dos Tabuleiros está algo mumificada, o Politécnico não está a corresponder às expectativas, o desenvolvimento terá de ser regional, a sessão extraordinária da AM sobre a crise foi um desastre, a imprensa tomarense é medíocre, o projecto da Levada deve ser reexaminado à luz da nova realidade, Carrão está preparado para ser presidente, não são necessárias novas eleições locais etc. etc. etc.
7 - A concluir, sinto-me forçado a dizer que "as coisas são aquilo que são". O convidado saiu-se de forma excelente, como já referido. Além disso, conseguiu algo que só está ao alcance dos melhores -convencer e empolgar, mesmo os adversários políticos de boa fé, como é o meu caso.
Levou-me à certa, deu-me a volta, iludiu-me? A ver vamos. "Dá tempo ao tempo irmão; o tempo dar-te-á todas as respostas". Em todo o caso, também já cá ando há muito tempo, tenho alguma tarimba, leio muito e já molhei os pés no Atlântico, no Índico, no Pacífico, no Mediterrâneo, no Mar Vermelho, no Mar Morto, no Mar do Norte e no Cabo Horn.
Ou, para usar uma conhecida metáfora desportiva adaptada, "já em tempos virei muita franga". Mas não sou assim muito inteligente; lá isso é verdade. É o que se pode arranjar aqui pelas margens nabantinas...
 
DÚVIDAS ?  QUEREM MAIS CLARO ?


E não esqueçam:


O ministro-ANEDOTA comprou muitos TÓS...

Mas só se pode comprar quem se VENDE !
 
 
 
VL

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